Iniciativa

Projeto quer transformar Piratini em capital do RS no 20 de setembro

Sugestão de vereador do Município será apresentada na Assembleia Legislativa para que se transforme em lei

Foto: Divulgação - Prefeitura Piratini - Piratini foi capital a primeira da República Rio-grandense

A iniciativa de um parlamentar de Piratini pode transformar a cidade em capital simbólica do Rio Grande do Sul todo o dia 20 de setembro, data máxima do calendário histórico e cultural gaúcho. Nos próximos dias, o deputado estadual Carlos Búrigo (MDB) deve protocolar na Assembleia Legislativa proposta que partiu de indicação do vereador Jimmy Carter Gonçalves (MDB) no final do ano passado e que busca reconhecimento à cidade que foi protagonista na história do Estado.

O vereador explica que a ideia foi inspirada no estado de Alagoas, que no ano passado aprovou uma lei que transfere a capital de Maceió para a cidade de Marechal Deodoro todo dia 15 de novembro. "É uma justiça histórica porque depois da Revolução Farroupilha nós ficamos mais de 50 anos perseguidos, uma política de terra arrasada. Muitas obras que poderiam ter sido feitas aqui foram desviadas para outros municípios e fomos rebaixados a vila", diz Gonçalves.

A expectativa do vereador é que, com a aprovação, o Estado se volte a Piratini no dia 20 de setembro, que já é marcado pelos festejos da Semana Farroupilha no Município. "Até para dar mais visibilidade para a cidade, da mídia, do próprio governo e até de fora do Estado, montando simbolicamente um gabinete", argumenta.

Na justificativa do projeto, o deputado reforça a medida como reconhecimento e valorização da cidade. "Também seria uma compensação e justiça histórica a uma cidade que com muita luta e bravura se solidificou os ideais de Liberdade, Igualdade e Humanidade que foi a base formadora do povo gaúcho", aponta Búrigo.

Palco da história
Localizada a cerca de cem quilômetros de Pelotas e a 345 quilômetros da capital Porto Alegre, Piratini teve papel seminal durante a Revolução Farroupilha, sendo a capital a primeira da República Rio-grandense e sede do governo farrapo em três períodos, entre novembro de 1836 e janeiro de 1837; entre maio de 1837 e fevereiro de 1839 e de maio de 1843 até o final da guerra.

Em retaliação ao papel central de Piratini nos propósitos revolucionários, o Governo Imperial rebaixou a cidade à categoria de vila em 1845, logo após o fim da guerra, implantando uma política de terra arrasada. Esse rebaixamento impôs freio ao desenvolvimento econômico da localidade. Dessa punição resultou ainda o desmembramento do território, com a criação dos atuais municípios de Bagé, Canguçu, Cerrito e Pinheiro Machado. Piratini só retornaria à categoria de cidade em 1938.

Hoje, o Município tem aproximadamente 20 mil habitantes em território de mais de 3,5 mil km², com uma economia predominantemente agropecuária. Anualmente, milhares de turistas visitam a cidade durante a Semana Farroupilha, celebrada nos dias que antecedem 20 de setembro.

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